Após ter as regras de funcionamento e estabelecimento gradual definidas pelo Banco Central (Bacen) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o termo Open Banking está se tornando cada vez mais popular no Brasil. Sua aplicação vai movimentar o mercado financeiro e trazer benefícios até mesmo para empresas que não fazem parte do setor.

Neste artigo, você vai entender seu conceito e descobrir quando o Open Banking no Brasil vai se tornar uma realidade. Além disso, vamos falar sobre os principais pontos de inovação no sistema financeiro, como a criação de novos produtos e serviços. Acompanhe!

O que é Open Banking?

O Open Banking pode ser definido como o compartilhamento padrão de dados financeiros e serviços de clientes entre instituições regulamentadas. Vale destacar que é necessário ter como base a autorização prévia do cliente.

O termo tem como fundamento base o seguinte princípio: todas as informações de um usuário de serviços financeiros e de pagamento devem pertencer a ele. Dessa maneira, cabe unicamente a esse cliente escolher, ou não, compartilhar seus dados entre as instituições integrantes do ecossistema de Open Banking.

Isso só será possível por conta de APIs (Application Programming Interface), responsáveis pela integração dos sistemas de informações com toda segurança necessária.

Como resultado, o Banco Central pretende reduzir o cenário atual de monopólio informacional, possibilitando a inovação e a agilidade, por meio de novos produtos e serviços desburocratizados e mais acessíveis aos clientes.

O Open Banking no mundo e no Brasil?

O Open Banking no mundo já não é uma novidade. Em todo o continente europeu, ele foi impulsionado pelo crescimento no número de APIs a partir de 2016.

Já nos Estados Unidos, isso foi estimulado pela necessidade dos participantes do mercado financeiro. E hoje, existe a discussão com órgãos reguladores para determinar os padrões de comunicação entre as empresas participantes.

Seguindo essa tendência global, o Open Banking no Brasil teve suas regras de funcionamento regulamentadas pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que estipularam o prazo final de implementação até outubro de 2021. O cronograma no país conta com quatro fases, tendo o início previsto para 30 de novembro de 2020.

Open Banking e a inovação no sistema financeiro

O Open Banking vai estimular que bancos e instituições de serviços financeiros criem soluções mais inovadoras, democráticas e com tarifas e taxas menores que as praticadas no momento.

Com isso, antigos clientes podem ser fidelizados a partir da oferta de serviços e produtos melhores, além da atração de novos usuários, por conta de produtos com menos burocracias e que atendem suas necessidades.

Contudo, é importante frisar que o Open Banking no Brasil, isoladamente, não será responsável por uma maior inclusão financeira. Na verdade, ele é parte de uma transformação maior que incluirá ações do governo, agentes reguladores e empresas — proporcionando produtos e serviços financeiros customizados e direcionados para cada segmento da população.

Entre as principais inovações no sistema financeiro brasileiro por meio do Open Banking, podemos citar:

  • Fontes de receita diferentes para as empresas, com mais canais de oferta de produtos e serviços;
  • Melhor experiência para o usuário;
  • Mais autonomia e liberdade do usuário, sobretudo se ele quiser mudar de banco.

Vale ressaltar ainda um ponto: qualquer empresa, não importando o segmento, pode ofertar serviços financeiros e de pagamentos aos clientes. Isso é possível, por exemplo, por meio do BaaS — Banking as a Service.

Outro exemplo são as plataformas White Label, que permitem a criação de diferentes produtos e serviços financeiros com inserção da marca das próprias empresas.

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