Um novo sistema financeiro, mais moderno, seguro e totalmente digital, está em formação. Em 2021, o mercado de criptoativos registrou um aumento de quase 70% e atingiu o recorde de US$ 2 trilhões, muito por conta do impulsionamento do bitcoin. A partir de agora, a dúvida é: o que esperar das criptomoedas nos próximos anos?

Neste artigo, você conhecerá melhor o conceito, funcionalidades, quais tecnologias estão por trás e como funciona o mercado. Boa leitura!

O que são as criptomoedas?

O conceito de criptomoedas é bem simples: moedas digitais ou virtuais que não existem no ambiente físico e usam a criptografia para garantir a efetivação das transações.

Elas foram idealizadas e concebidas com o objetivo de facilitar as operações além dos bancos tradicionais e melhorar a segurança no processo de troca dos ativos financeiros.

Por se tratarem de moedas digitais privadas, não são emitidas por nenhum governo. Ou seja, foram criadas por meio de uma rede descentralizada e contam com a criptografia para garantir a sua segurança.

É comum ainda associar o conceito ao bitcoin, pois ele foi a primeira criptomoeda a surgir no mercado e a ganhar popularidade. Contudo, atualmente existem, ao menos, três mil moedas digitais e legislações diferentes por países regulamentando suas utilizações.  

No Brasil, as criptomoedas são consideradas “bens”. Isso implica diretamente na cobrança de impostos diante do valor informado na declaração anual do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).

Como funcionam?

O sistema de pagamento de criptomoedas funciona no formato ponto a ponto, que possibilita a qualquer pessoa, e em qualquer lugar, enviar e receber pagamentos.

Ao realizar uma transferência de fundos, as operações são instantaneamente registradas em uma espécie de livro contábil público distribuído chamado blockchain, imutável e de fácil acesso para todos.

Importante destacar que novas unidades de criptomoedas são criadas em processos chamados de mineração. Operações essas que contam com o uso de potência de computação na resolução de problemas matemáticos com a finalidade de gerar moedas.

E os usuários do mercado de criptoativos podem comprar moedas com as corretoras, armazená-las e utilizá-las por meio de carteiras criptográficas.

Para que servem?

Uma criptomoeda tem as mesmas funções atribuídas ao dinheiro físico. E entre as três principais funções estão:

  • Meio de troca para as transações comerciais;
  • Reserva de valor para a preservação do poder de compra;
  • Unidade de conta. Como ocorre, por exemplo, quando produtos são precificados e o cálculo econômico feito em função dela.

Segundo estudiosos, mesmo diante do seu crescimento que possibilita a função de troca, as criptomoedas ainda não são completamente aceitas e não possuem escalabilidade.

Uma das razões para isso é justamente a grande volatilidade a que seus preços estão sujeitos, o que dificulta a sua utilização como mecanismo de comparação entre produtos e serviços.

Quais as tecnologias por trás das criptomoedas?

Por trás das criptomoedas existem a tecnologia do blockchain, mineradores, livro de ofertas e diversos mecanismos de segurança. Vamos resumir brevemente cada um deles neste tópico.

1. Blockchain

É o banco de armazenamento de dados na internet, de forma pública e sem a existência de um controle central. Ele distribui informação de forma transparente, segura e auditável.

2. Mineradores

A mineração de criptomoedas ocorre com o uso de computadores que pesquisam soluções para equações matemáticas. Desse modo, o processo valida e registra as transações na rede blockchain sem a necessidade de um controle central.

3. Livro de ofertas

De forma similar às bolsas de valores existentes em todo o mundo, as exchanges de criptomoedas, que facilitam a compra, venda e troca de criptomoedas e tokens, organizam as negociações em um livro de ordens público.

4. API de consulta e de negociação

Uma “Interface de Programação de Aplicativos” funciona como um padrão de acesso à softwares, permitindo a conexão de forma automatizada por sistemas algorítmicos conectados.

5. Ferramentas de segurança

Entre as opções estão ferramentas de verificação em duas etapas e PIN para acesso às contas.

Como funciona o mercado de criptomoedas?

Ele funciona da mesma forma quando uma empresa entra na Bolsa de Valores ou seja, o mercado revela qual valor por meio de uma definição do preço.

Na prática, esse valor de mercado é representado pelo preço da ação multiplicado pelo número total de ações que tal organização possui na Bolsa.

E no mercado de criptoativos ocorre a mesma coisa. A capitalização funciona por meio do preço de cada moeda multiplicado pela quantidade de ativos disponíveis. E o valor obtido é um indicativo de certa maturidade de uma cripto no mercado.

Contudo, além do valor, também é levado em consideração o perfil do investidor, visto que criptomoedas são consideradas investimentos de alto risco.

Por que as criptomoedas podem ser o futuro do dinheiro?

Na visão de especialistas do setor, o uso das criptomoedas deve se popularizar nos próximos anos. Entre as principais vantagens existentes, é possível citar os novos hábitos do consumidor e a crescente demanda pela presença digital nos processos comerciais.

E as previsões são otimistas! O bitcoin, por exemplo, pode atingir até US$ 200 mil até o segundo semestre de 2022. E, de acordo com analistas, o Ethereum (ETH) também deve crescer e atingir US$ 12 mil.

O uso das moedas digitais, ainda limitado a poucas pessoas, tende a se democratizar. Bancos digitais e fintechs já pensam em soluções como o uso de cashback em criptomoedas.

Entretanto, o desafio para os anos seguintes passam pelas áreas de segurança, volatilidade de investimentos, custos e regulamentação.

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