A última edição do Radar FintechLab revelou que o volume total de fintechs e iniciativas de eficiência financeira chegou a 771 em agosto de 2020 em todo Brasil. Em um mercado com uma concorrência cada vez maior, a segmentação do negócio, por meio do reconhecimento de um nicho, tem sido uma excelente solução.
Neste artigo, você entenderá melhor como as fintechs de nicho atendem necessidades específicas, quais as vantagens desse modelo de negócio e a importância de conhecer mais de perto o seu público para promover soluções sob medida. Boa leitura!
Fintechs de nicho atendem necessidades específicas
Um banco digital pensado exclusivamente para a comunidade LGBTQIA+, uma solução voltada para a educação financeira e o estímulo ao investimento de pessoas que não tem o hábito de guardar dinheiro ou uma conta digital nas cantinas de escolas aliada a um acompanhamento nutricional. As fintechs de nicho atendem soluções específicas do mercado e ganham cada vez mais espaço.
Vale mencionar aqui que a segmentação não é uma estratégia nova nem exclusiva deste setor. Com a segmentação, as empresas buscam oferecer atendimento mais personalizado, que responda melhor aos anseios, desejos e dores de um público específico. Com isso, conquistam maior fidelização dos clientes.
Vantagens de desenvolver um banco digital de nicho
Um modelo que merece destaque no cenário atual são os bancos digitais de nicho. As empresas mantêm o foco de suas tecnologias de transações em soluções a diferentes públicos, como universitários, pessoas negras e comunidade LGBT+.
Ao focar em grupos específicos, os bancos digitais de nicho contam com as seguintes vantagens:
- Fidelização de clientes: a empresa passa a contar com clientes que têm maior afinidade com a marca. Com isso, poucos estão dispostos a migrar para a concorrência, mesmo com vantagens, atrativos e promoções;
- Atendimento personalizado e soluções de sucesso: as empresas conhecem de perto o seu cliente. Isso permite a criação de um ecossistema de produtos e serviços muito mais sólido;
- Alinhamento de valores e propósitos: as empresas abraçam causas que também são as dos seus clientes. Muitas delas possuem pautas sociais claras e ajudam coletivos e ONGs a captar recursos para projetos.
Um exemplo relevante desse mercado é o Pride Bank, primeiro banco digital do mundo voltado ao público LGBTI+, como revela a própria definição no site da fintech. A empresa se destaca por um atendimento sem preconceito e a promoção do marketing social com apoio a projetos da comunidade LGBT.
A insatisfação das pessoas desse nicho com o atendimento nos bancos tradicionais gerou uma oportunidade de negócio com o espírito da inclusão social. Atualmente, o Pride Bank é um modelo mais simples de banco digital, que possui conta-corrente, cartão de crédito pré-pago e maquininha POS para empresas.
Conhecer o público para desenvolver soluções ideais
Estar alinhado com as dores e desejos do seu público faz com que as fintechs de nicho possuam um potencial de crescimento enorme. E essa base de clientes é potencializada, muitas vezes, por meio de parcerias com influenciadores digitais e instituições com reputação relevante para os consumidores.
A identificação permite mais oportunidades, serve para orientar o posicionamento e a atuação das fintechs no mercado. Além, é claro, de guiar a elaboração de novas estratégias de marketing.
Deixar claro que a empresa enxerga o cliente como uma pessoa — antes de desenvolver um produto ou solução — e entender cada individualidade, aproxima, humaniza e, muitas vezes, faz que o consumidor se torne um defensor da marca. E esse é o grande diferencial das fintechs de nicho.
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