Bancos digitais, fintechs, Open Banking, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (PIX) e demais inovações têm revolucionado o mercado financeiro em virtude da transformação digital do setor.

E ao lado de todas essas mudanças, o conceito de tecnologia DeFi - ou finanças descentralizadas - se destaca. O segmento de criptoativos avaliado em US$ 85 bilhões promete uma verdadeira revolução em todo sistema financeiro.

Neste artigo, você conhecerá melhor o conceito, suas vantagens e principais desafios. Além disso, poderá tirar todas as dúvidas sobre a segurança da tecnologia DeFi e por quais motivos deve ficar de olho nas aplicações em 2022. Acompanhe!

O que é DeFi?

A tecnologia de finança descentralizada tem como base as redes blockchain e contratos inteligentes. O seu conceito está diretamente ligado a um protocolo que busca retirar os intermediários em aplicações financeiras, como por exemplo, os bancos e as corretoras de criptomoedas.

A ideia por trás disso é possibilitar a existência de um ecossistema de serviços financeiros de código aberto. Sendo assim, a DeFi está disponível para todos e funciona sem a necessidade de uma autoridade central.

Por meio dela os usuários possuem o controle sobre todos os seus ativos e interagem através de operações de pessoa para pessoa. Sendo permitido contratar serviços financeiros como empréstimos, seguros e investimentos.

Quais são as suas vantagens?

A tecnologia de finança descentralizada conta com diversas vantagens que vão muito além da ausência de intermediadores. Listamos abaixo as principais para você:

  • Redução de custos ligados ao fornecimento e uso de serviços financeiros;
  • Maior transparência, pois o ecossistema necessita que as informações sejam compartilhadas entre todos os usuários;
  • Facilidade de acesso por se tratar de um sistema aberto.

Quais os desafios do DeFi?

Apesar de bastante inovador, a tecnologia DeFi também apresenta alguns desafios. A começar pela diferença de velocidade em que operam os setores de tecnologia e financeiro - que leva em consideração diversos requisitos legais.

Outro ponto é que como os protocolos são descentralizados e regidos basicamente pelos detentores de tokens, uma parte dos investidores não têm o mesmo “apetite de risco”.

E por fim, ainda existem aspectos culturais que impossibilitam a clara compreensão de todos os protocolos e aplicativos de finança descentralizada, o que funciona também como fator limitante.

Open Banking x DeFi

O Banco Central estuda a possibilidade de implementação de uma versão digital do Real. A ideia é que o já existente Open Banking possibilite a expansão de um ecossistema de ciclo de informação maior entre seus participantes. E com isso, novos serviços sejam estabelecidos.

E ao que tudo indica, o real digital funcionaria como ponte entre o Banco Central e a tecnologia DeFi, por meio da ligação entre o sistema financeiro nacional com as finanças descentralizadas e os chamados contratos inteligentes.

Com isso, o BC visa seguir com suas iniciativas para melhorar os serviços financeiros prestados e democratizar o acesso por meio da inovação e novas tecnologias.

A tecnologia DeFi é segura?

Uma das principais questões que envolvem o universo das finanças descentralizadas está na segurança. Afinal, apesar de todas as vantagens, é possível confiar?

Segundo especialistas em cibersegurança, a resposta é sim! A tecnologia blockchain é bastante segura, e isso faz com que a DeFi também seja.

Contudo, existem sim vulnerabilidades por se tratar de usuários iniciantes. Portanto, se você deseja efetuar transações através da DeFi, a melhor solução é buscar informação sobre o funcionamento.

Sem falar ainda que os setores regulatórios e administrações públicas ainda necessitam de mais conhecimentos para poderem lidar com a novidade do mercado financeiro.

Por que ficar de olho para 2022?

Diante de um cenário que envolve benefícios e incertezas, a nossa dica é: a tecnologia DeFi merece sim a sua atenção. E os especialistas em finanças a recomendam para investidores do mercado de criptoativos.

Entretanto, é preciso ter em mente que informações sobre diversos aspectos devem ser observadas, como o montante negociado, a equipe que faz parte do projeto, seu objetivo e metodologia.


Saiba mais sobre tecnologia financeira, inscreva-se em nossa newsletter.