Como criamos o programa de responsabilidade socioambiental da Cubos
Se envolver com a comunidade externa é algo que a Cubos já faz há bastante tempo. Nos 7 anos da empresa, não faltaram participações de cúbicos em meetups de tecnologia e outros eventos. Da mesma forma, o uso de copos e pratos reutilizáveis e a separação do lixo orgânico e não-orgânico já é prática no escritório há alguns anos.
A partir de 2019, começamos a desenvolver ações mais estruturadas de impacto social. Fizemos campanhas de doações para o Hospital Martagão Gesteira e a Casa Aurora, a Cubos Academy nasceu oferecendo bolsas de estudo para grupos minoritários e criamos uma plataforma de acolhimento psicológico gratuito no começo da pandemia.
Tudo isso aconteceu de forma muito orgânica, mas nós duas pensávamos como ampliar ainda mais o impacto. Principalmente porque, infelizmente, o cenário em que a sociedade se encontra não é muito animador. E acreditamos que podemos e devemos fazer algo sobre isso.
Foi então que em 2020 decidimos criar o Cubos Social, o Programa de Responsabilidade Socioambiental da Cubos Tecnologia. O processo levou alguns meses de planejamento, pesquisa e estruturação até o lançamento em setembro de 2020. A seguir, contamos como fizemos isso, como o programa está estruturado hoje e apresentamos ações que já realizamos. Acompanhe!
Primeiros passos: estudos, pesquisas e troca de experiências
Nosso primeiro objetivo foi entender como um programa de responsabilidade socioambiental pode funcionar, quais ações poderíamos realizar e como poderíamos mensurar o impacto delas. Para isso, duas ações foram fundamentais: pesquisa e troca de experiências.
Para começar, lemos muitos artigos e pesquisamos programas de empresas de diferentes portes e áreas de atuação. Na estruturação do benchmarking, focamos principalmente no setor de tecnologia.
Depois, contamos com orientação e mentoria de alguns profissionais incríveis. Apresentamos eles a seguir e aproveitamos para agradecer mais uma vez por todo o compartilhamento de conhecimento <3
- Verena Guimarães, consultora de projetos sociais com experiência em elaboração e análise de projetos e captação de recursos, nos ensinou muito sobre fundos municipais e estaduais, leis de incentivo e doação de impostos;
- Gabriela Crego, Gestora de Impacto Social da Rock.org, iniciativa de impacto social da Rock Content, nos contou como a Rock.org foi criada e nos deu muitas orientações sobre o processo de planejamento e criação de um programa de responsabilidade social, além da execução das ações em si;
- Rafael Medeiros, coordenador do programa de voluntariado do Unicef, nos indicou diversos materiais sobre voluntariado empresarial. Além disso, Rafael também nos ensinou sobre o histórico do tema nas empresas e sobre mobilização de pessoas.
Mudando o mundo um código por vez: como estruturamos o programa
Com todas as informações levantadas, chegou o momento de estruturar o Cubos Social em si. Para isso, também levamos em consideração os valores da empresa, as ações já realizadas, nosso Código de Conduta e a atuação do nosso Comitê de Inclusão e Diversidade, o Respeitaê.
Começamos definindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que se relacionam com nossos valores e expertise e aos quais nossas ações estariam relacionadas. Optamos por quatro:
- Educação de qualidade (ODS 4);
- Trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8);
- Redução das desigualdades (ODS 10);
- Consumo e produção responsáveis (ODS 12).
Depois, dividimos a atuação do Cubos Social em três eixos:
- Tecnologia social: relacionado ao ODS 10 e nossa missão de criar tecnologia com significado, envolve as ações de maratonas e hackathons solidários, voluntariado e doações;
- Educação: relaciona-se com nosso valor de ser um hub de conhecimentos e com o ODS 4. Envolve as bolsas de estudo e os eventos e programas de educação em parceria com organizações;
- Sustentabilidade: na Cubos, criamos soluções para os padrões que nos incomodam e estamos atentos a novas práticas e tendências que nortearão o futuro. Relacionado ao ODS 12, esse eixo envolve a separação de resíduos e coleta seletiva, além de ações de conscientização.
Após a estruturação desse formato, partimos para a mobilização da empresa para tornar o projeto realidade. Acreditamos que o apoio das lideranças e dos colaboradores é fundamental para fazer o impacto acontecer e ampliá-lo cada vez mais.
Fizemos apresentações para nossa liderança, para a diretoria da empresa, para todos os líderes e, por fim, para a empresa como um todo. Felizmente, em todos os momentos, encontramos bastante apoio e pessoas dispostas a colaborar.
Na prática: a realização das ações de impacto
Atualmente, estamos estruturando os processos, ações e o acompanhamento dos indicadores de performance e resultados do programa. Mas ao mesmo tempo também já começamos a executar novas ações, como:
- Maratona solidária: realizamos em setembro de 2020 a primeira edição solidária da nossa maratona de programação. As equipes participantes eram formadas por cúbicos e pessoas externas e a vencedora escolheu a organização Projeto Joãozinho para receber uma doação;
- #CompreLocal: durante a pandemia, criamos um banco de fornecedores para que todos da empresa pudessem fazer indicações com o objetivo de fortalecer a economia local e os pequenos negócios;
- Trilha de conteúdo Tecnologia é Coisa de Mulher: em parceria com o Instituto Comunitário Princesa Anastácia, trata-se de uma ação de educação que tem como objetivo apresentar conceitos de tecnologia e oportunidades de carreira na área para uma turma de mulheres.
Neste breve período de existência, já tivemos contato com histórias incríveis que nos mostram que estamos no caminho certo. Temos certeza de que isso é apenas o começo e que podemos fazer muito mais, principalmente ao somar forças com outras empresas e organizações.
Vamos reprogramar o mundo!