A pandemia da Covid-19 impôs mudanças significativas para as empresas em todo o mundo e fez surgir tendências econômicas, sociais e de negócios. Por conta disso, a empresa de consultoria McKinsey elaborou um importante relatório com os fatores que os líderes devem ter em mente para vivenciar o período que está sendo chamado de "novo normal".

Acompanhe nosso artigo para entender melhor sobre as perspectivas de inovação, tecnologia, novos negócios e comportamentos de consumo apontadas pela empresa. Boa leitura!

Onda de inovação e novas operações nas empresas

A pandemia do novo Coronavírus potencializou a digitalização de processos e operações. Isso vai desde o atendimento remoto aos clientes, como a compra de itens básicos diários, uso de inteligência artificial (IA) e novos aprendizados e tecnologias para melhorar as operações.

Junto com essa nova demanda de comportamento de consumo, surgiu uma onda de novos negócios que viram oportunidades diante das necessidades impostas pelo momento de dificuldade.

Na França, foram registradas 84.000 novas formações de negócios em outubro, 20% a mais do que no mesmo período de 2019. A Alemanha e o Japão também viram um aumento no número de novos negócios em comparação ao ano anterior. Já no Reino Unido, o terceiro trimestre de 2020 registrou 30% mais negócios em comparação com 2019 - o maior aumento visto desde 2012.

E o relatório da McKinsey faz um importante alerta: não há como voltar atrás. A grande aceleração no uso de tecnologia, digitalização e novas formas de trabalho vão se sustentar a partir da crise de saúde global.

Executivos de diferentes países e segmentos de negócios relataram que modificaram processos e tomaram medidas 20 a 25 vezes mais rápido do que pensavam ser possível. As empresas passaram a criar redundâncias na cadeia de suprimentos, melhorar a segurança dos dados e aumentar o uso de tecnologias avançadas nas operações.

E apesar de não ser possível prever como a produtividade mundial se comportará a longo prazo, é importante verificar que nos EUA houve um aumento de 4,6% no terceiro semestre, após um aumento de 10,6% no segundo trimestre - isso representou a maior melhoria em seis meses, desde 1965.

A crise criou fez com que as empresas criassem novas operações - e também transformassem antigos processos existentes.

Para as indústrias de consumo e o varejo isso pode significar novos modelos de negócios digitais e omnicanal. Para a saúde, estabelecer opções virtuais como norma. Para os seguros, personalizar a experiência do cliente. E para semicondutores, identificar e investir em produtos de última geração.

Mudanças causadas pela pandemia alteram comportamento de consumo

Em nove dos 13 principais países pesquisados ​​pela McKinsey, incluindo o Brasil, pelo menos dois terços dos consumidores dizem que experimentaram novos tipos de compras recentemente.

Isso implica que as marcas que não descobriram como chegar até os consumidores de novas maneiras devem alcançá-los ou então serão deixadas para trás.

No varejo, por exemplo, a mudança para o online é real e persistirá. Na América Latina, onde a infraestrutura de pagamentos e entrega não é tão forte ainda, o uso do e-commerce dobrou de 5 para 10%. Na Europa, a adoção digital geral é quase universal (95%), em comparação com 81% antes da pandemia.

O futuro do trabalho chegou antes do esperado

Uma das coisas que a pandemia consolidou foi a existência do trabalho remoto. O McKinsey Global Institute (MGI) estima que mais de 20% da força de trabalho global poderia trabalhar a maior parte do tempo fora do escritório, mantendo a mesma ou maior eficácia de produção.

E isso se deve não apenas por causa da crise da Covid-19, mas também pelos avanços na automação e digitalização de processos e serviços e o uso intensificado dessas tecnologias.

Contudo, dois desafios chamam a atenção: decidir o papel do próprio escritório, que é o centro tradicional para a criação de cultura e sentimento de pertencimento. E ainda, medir a adaptação da força de trabalho aos requisitos de automação, digitalização e outras tecnologias.

Como validar uma ideia de negócio?

A crise mundial abriu espaço para novas oportunidades de mercado. Contudo, uma dúvida é comum entre empreendedores que buscam a inovação: será que a minha ideia de negócio é boa de verdade?

Para isso, é fundamental entender mais sobre como validar uma ideia de negócio.