A Transformação Digital é um processo de mudança que vem acontecendo na estrutura das organizações de diferentes setores nos últimos anos. Nesse processo, a tecnologia tem um papel estratégico essencial.

No livro “Transformação Digital: repensando o seu negócio para a era digital”, David L. Rogers, consultor de estratégia digital em empresas como Google, GE e Toyota, aborda os 5 domínios da Transformação Digital.

Nesse post, apresentamos quais são esses domínios e quais têm sido as mudanças que acontecem neles na era digital. Acompanhe!

1. Clientes

O primeiro domínio da Transformação Digital, segundo Rogers, é o dos clientes. Antigamente, no mercado de massa, um produto era feito para atender as necessidades do maior número possível de consumidores. Esses, por sua vez, eram vistos como um conjunto de atores e as ações de marketing também eram massivas para abranger o maior número de clientes quanto fosse possível.

Na era digital, o mercado de massa perde força e as redes de clientes se consolidam. Agora, os consumidores se conectam e interagem por novos meios e de novas formas, o que modifica a relação entre eles próprios e entre eles e as empresas.

Os clientes agora se influenciam de novas formas e constroem a reputação das marcas coletivamente. As ferramentas digitais mudaram a forma como os consumidores descobrem e avaliam empresas, como compram e usam os produtos e como interagem com as marcas, que podem aproveitar essa conexão para inovar.

O caminho de compra dos clientes também mudou. Eles podem usar redes sociais, mecanismos de buscas, celular ou computador, entrar na loja física ou fazer um pedido online, tudo podendo acontecer simultaneamente e de forma não-linear, o que obriga as empresas a repensarem suas ações tradicionais.

2. Competição

A competição é o segundo domínio da Transformação Digital apontado no livro. Diferentemente do que acontecia no passado, quando as empresas competiam com rivais semelhantes e cooperavam com parceiros da cadeia de fornecimento, as organizações atuais disputam influência com empresas que possuem modelos de negócios diferentes.

Isso significa que empresas completamente distintas, até mesmo aquelas que eram anteriormente parceiras, podem se tornar concorrentes assimétricos. É o que acontece, por exemplo, quando o Banco Inter começa a entregar alimentos por meio de seu aplicativo ou quando a Magazine Luiza passa a oferecer serviços financeiros.

Com a Transformação Digital, a competição também sofre alterações quando as empresas precisam cooperar com rivais diretos, seja por causa de modelos de negócio interdependentes ou por conta de desafios externos mútuos.

3. Dados

A forma como as empresas produzem, gerenciam e usam as informações é outro domínio da Transformação Digital abordado por Rogers. Antes, as empresas tinham dados de pesquisas de clientes ou dos processos de negócio que eram usados para avaliações e tomada de decisões.

Hoje, por outro lado, temos uma grande quantidade de dados gerados a partir de conversas, interações e processos muitas vezes não estruturados e não planejados que não estão apenas dentro, mas também fora das empresas.

Esses dados, conhecidos sob o conceito de big data, podem alimentar uma quantidade cada vez maior de ferramentas analíticas que permitem que as empresas façam novos tipos de previsões e descubram padrões inesperados e novas fontes de valor.

Os dados não são mais pertencentes apenas às unidades de inteligência de negócios, mas estão transformando todos os setores, do financeiro aos recursos humanos, e até mesmo os modelos de negócio. Como afirma Rogers, os “dados são componentes fundamentais de como todas as empresas funcionam, se diferenciam nos mercados e geram novo valor”.

4. Inovação

Em “Transformação Digital: repensando o seu negócio para a era digital”, inovação é definida como “o processo pelo qual novas ideias são desenvolvidas, testadas e lançadas no mercado”.

Tradicionalmente, a inovação era gerida com foco no produto acabado e muitas decisões eram baseadas em intuição, já que os testes eram difíceis e custosos. O custo do fracasso também era alto, portanto evitá-lo era fundamental. Porém, isso também limitava o surgimento de ideias.

Atualmente, segundo Rogers, a inovação se baseia no aprendizado contínuo e na experimentação rápida. O teste de ideias acontece mais rapidamente e desde o início do processo é possível ter feedbacks que permitem identificar erros e mudar a rota.

As suposições podem ser testadas diversas vezes e as decisões podem ser tomadas com base em dados em um processo que economiza tempo, minimiza chance de fracassos e melhora o aprendizado.

5. Valor

O domínio final da Transformação Digital é o valor que a empresa entrega aos clientes. Antigamente, a proposta de valor era algo duradouro e praticamente constante.

Produtos, campanhas de marketing e operações podiam mudar, mas o valor básico oferecido pelo negócio era constante e ligado à sua área de atuação. Rogers cita como exemplo o fato de que as empresas automobilísticas ofereciam como valor transporte, segurança, conforto ou status.

Para alcançar o sucesso, uma empresa precisava ter uma proposta de valor clara, se diferenciar no mercado (com marca ou preço, por exemplo) e entregar a melhor versão da proposta de valor em um longo período de tempo.

Rogers afirma que confiar em proposta de valor imutável na era digital, entretanto, é um erro, já que os novos concorrentes surgem a todo o momento com propostas mais atraentes. Segundo ele, o momento e a natureza das transformações resultantes das novas tecnologias variam de setor para setor, mas acontecem inevitavelmente.

Dessa forma, todas as organizações, independentemente da área de atuação, precisam evoluir constantemente e utilizar as tecnologias para estender e melhorar suas propostas de valor. Se antecipar e aproveitar oportunidades emergentes é fundamental para encontrar vantagem competitiva.


Esses são os 5 domínios da Transformação Digital apontados por David L. Rogers no livro “Transformação Digital: repensando o seu negócio para a era digital”. Diante de tantas mudanças, explorar as redes de clientes, construir plataformas, converter dados em ativos, inovar por experimentação rápida e adaptar sua proposta de valor são os caminhos apontados pelo autor para que as empresas possam se adaptar e crescer na era digital.

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