A pandemia do Coronavírus deixou uma lição para as empresas de todo o mundo: inovar é uma questão de sobrevivência. Apesar de ser um tema comum nos últimos anos, a inovação se tornou um elemento ainda mais vital para prover vantagem competitiva no novo cenário.

Contudo, com tantas incertezas e um crescimento econômico global moderado ou inexistente, muitas organizações preferem não arriscar ou até tentam, mas não conseguem desenvolver medidas eficazes para promover a inovação. Por isso, preparamos este artigo para explicar como as grandes empresas podem reduzir os riscos ao inovar. Acompanhe!

Os riscos de não inovar

Inovar ou inovar, eis a questão! Se as grandes empresas desejam aumentar suas receitas e reduzir os custos, além de tornarem suas marcas mais relevantes e com maior longevidade, precisam inovar.

É comum que os diretores e gerentes de empresas já consolidadas no mercado sejam cobrados pelos chamados indicadores de eficiência, deixando a inovação de lado, apenas para processos incrementais.

Com isso, preocupam-se em fazer melhorias de produto baseadas em feedback dos clientes, pesquisas com usuários da marca e entregas pensadas para a persona da empresa. Mas, e todo o restante do mercado?

Aí é que surgem oportunidades para novos negócios de uma inovação disruptiva, que pode ser definida como uma inovação que transforma um mercado ou mesmo setor existente por meio de soluções que possibilitem simplicidade, conveniência e acessibilidade.

Como você já sabe, a Covid-19 acelerou os processos de transformação digital em várias empresas. E sim, a partir de então, os riscos de não inovar se tornaram muito mais danosos do que arriscar, mesmo que isso signifique não ter o retorno esperado de investimentos em curto prazo.

Não optar pela inovação pode significar:

  • Perda de participação e de relevância no mercado;
  • Diminuição de produtividade e atratividade;
  • Perda de colaboradores relevantes, principalmente os novos talentos, e capital intelectual para o negócio;
  • Redução de margens e do lucro;
  • Entre outros.

Apesar de todas as incertezas, do risco de perder recursos e de ter muito trabalho para levar as novas ideias adiante, inovar é fundamental. Para isso, é preciso criar um ambiente favorável, plural e inclusivo para as novas propostas e uma cultura da diversidade que abrace colaboradores com diferentes formações e linhas de pensamento.

As 4 etapas da inovação da McKinsey

A McKinsey, importante empresa de consultoria empresarial americana, desenvolveu um guia para a ruptura digital, destacando quatro etapas para a inovação nas grandes empresas. Acompanhe cada uma delas:

Estágio 1: sinais em meio ao ruído

Prever cenários e ter capacidade de antecipar respostas é fundamental para sobreviver em um cenário cada vez mais digital. Obter uma visão mais precisa e interromper crenças de longa data (e às vezes implícitas na cultura organizacional) sobre como ganhar dinheiro em um determinado setor é um ponto estratégico.

O processo de reformulação das crenças governantes de uma empresa envolve a identificação da noção sobre a criação de valores e, em seguida, mudar completamente para encontrar novas formas e mecanismos de criação de valor.

Estágio 2: a mudança ocorre

A ideia é agir antes que seja necessário! Com os novos indicativos tecnológicos e econômicos do mercado já identificados, é essencial se comprometer com novas iniciativas e dar a elas uma total autonomia para que se desenvolvam em relação ao negócio principal.

Estágio 3: a transformação inevitável

O futuro chegou e está batendo na porta de todos os negócios. O novo modelo adotado para o negócio provou ser superior ao antigo e está dando resultados significativos. E, além disso, toda indústria começa a se mover nessa direção.

Nessa fase de ruptura, o desafio está em mudar agressivamente os recursos para os novos empreendimentos nutridos no estágio dois, uma espécie de investimento de capital de risco que só compensa se crescerem rapidamente.

Estágio 4: adaptação ao novo normal

Aqui a ruptura atingiu um ponto em que as empresas não têm escolha a não ser aceitar a realidade: o setor mudou! O desafio é adaptar e realinhar estruturalmente as bases de custos à nova realidade de onde o lucro é proveniente e aceitar que o "novo normal".

Em um cenário global tão dinâmico, é importante poder contar com parceiros ágeis e flexíveis nesse processo de inovação, principalmente em um cenário de incerteza como o que estamos vivendo com a pandemia.

Quer saber mais sobre esse assunto? Descubra o que é spin-off e como esse modelo gera inovação em grandes empresas!