O setor brasileiro das fintechs - startups que atuam e desenvolvem soluções para os problemas existentes no mercado financeiro - segue em crescimento. Atualmente, o Distrito Dataminer contabiliza 1264 fintechs em todo o país e desse total, 19 candidatas a unicórnio.
As fintechs do Brasil contabilizaram um recorde em 2021: US$ 3,7 bilhões em aportes aplicados no capital de risco. E por conta do grande destaque do setor, novas empresas estão surgindo e startups migram, cada vez mais, para esse novo mundo.
Neste artigo, explicamos melhor o conceito de fintech, suas diferenças para startups, os principais motivos que fazem do setor um sucesso e a sua rentabilidade. Além disso, você saberá como as startups podem se tornar fintechs. Boa leitura!
O que é uma fintech?
Como dito anteriormente, uma fintech nada mais é do que uma startup que tem atuação no mercado financeiro com o foco principal em solucionar problemas por meio da criação de produtos e serviços inovadores para o setor.
Elas contam com cartões de crédito e débito, empréstimos, abertura de contas, seguros e demais serviços relacionados. Entretanto, vale mencionar que são serviços 100% online, mais intuitivos, com menores taxas e muito menos burocracias.
Diferença entre fintechs e startups
A principal diferença entre uma fintech e uma startup é o mercado de atuação. Em geral, a startup atua em qualquer segmento de mercado, como tecnologia, alimentos, vestuário e muito mais. Já a fintech trabalha com produtos e serviços para o setor financeiro.
Entre as principais características de uma startup estão:
- Escalabilidade;
- Flexibilidade;
- Capacidade de inovação;
- Produtos pouco explorados ou inéditos no mercado.
Já entre as fintechs é possível mencionar:
- Menos burocracias;
- Custo operacional reduzido;
- Maior uso de tecnologias;
- Soluções financeiras inéditas ou taxas inferiores em relação aos bancos.
Por que as fintechs tornaram-se um sucesso?
O setor das fintechs é o principal segmento de startups em diversos países do mundo. Observamos isso, principalmente, na América Latina e Ásia, que contam com mercados financeiros menos consolidados.
O Brasil, por exemplo, conta ainda hoje com cerca de 34 milhões de pessoas sem conta bancária ou que a utilizam com baixíssima frequência, o que corresponde a 21% da população.
E é justamente aí que as fintechs entram. Elas prometem resolver problemas reais e cumprem. Juntamente com o desenvolvimento da tecnologia, essas empresas contam com menos burocracias, além de mais acessibilidade, inovações e uma oferta de serviços personalizados.
Startups podem se tornar fintechs?
A resposta é sim! E tem se tornado cada vez mais frequente.
Segundo Guilherme Bernal, CTO da Cubos, isso ocorre pelos seguintes motivos. Primeiramente, “trata-se de uma área super lucrativa, em que historicamente os maiores investimentos estão”.
Outro ponto, segundo o especialista, é que para operar um banco ou oferecer produtos financeiros para os clientes, as empresas precisam de muita informação. E, com isso, empresas especializadas e segmentadas contam com uma vantagem.
Contudo, a startup que deseja fazer essa transição precisa entender das regras de LGPD e demais normas do Banco Central.
“Uma empresa que deseja virar fintech tem que ter um cuidado a mais para que o seu sistema seja completo e correto. Isso não significa que elas não possam inovar, existem muitas formas de serem seguras, estáveis e não correrem riscos”, comenta Guilherme Bernal.
A rentabilidade das fintechs
Tornar uma startup fintech não significa necessariamente abandonar o foco inicial da empresa. Na verdade, é possível adaptar-se a uma nova possibilidade de rentabilidade e facilitar a jornada dos consumidores oferecendo maiores soluções personalizadas.
Em todo o mundo, o volume de investimentos no setor superou os US$ 3,5 bilhões em 2021. E, entre as principais tendências para esse ano estão BaaS (Banking as a Service) e FaaS (Fintech as a Service), além das chamadas green fintechs.
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